terça-feira, 20 de abril de 2010

GAT - UP


Iniciaram-se como uma equipa de rua e, passado algum tempo, arranjaram um espaço permanentemente para apoiar quem precisa. Têm outras valências tais como o gabinete, a medicação, roupa e comida. Podemos considerar que é uma estrutura de primeira linha pois, ao fazerem equipa de rua, estão a abordar os utentes em “ primeira mão”. Fazem rondas nocturnas pelas ruas de Coimbra a fim de recolher seringas usadas, dar a conhecer a instituição e encaminhar as pessoas que se encontram necessitadas. É, também, um “trampolim” para outras instituições. Como por exemplo, se necessitarem de internamento são encaminhados.
Por dia trocam em média 1000 seringas e têm à volta de 400 utentes para a troca. Só lhes é dado “material” se levarem o usado para a troca. Isto para evitar que eles deixem as seringas na rua, colocando em risco outras pessoas. Os utentes têm ao seu dispor seringas, recipientes para fazerem a “sopa”, toalhitas desinfectantes, etc.
“ A abstinência de drogas não é o nosso objectivo”.
Não se pode tirar um vício a alguém num ápice. Têm como objectivo mor evitar que se propaguem doenças através das seringas.
Ainda antes de terminarmos a visita de estudo tivemos a possibilidade de ver um portfólio com fotografias onde estavam também frases escritas pelos utentes e por outras pessoas. Chamou-me a atenção uma frase escrita por um dos utentes: “É possível mostrar à comunidade que os toxicodependentes (pessoas) também têm o seu valor”. Concordo plenamente, não devem ser vistos como “monstros” ou pessoas sem utilidade para o mundo. Cada um faz falta à sociedade.

Por Sofia Fonseca

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